terça-feira, 17 de abril de 2007

Na educação ( Cleusa)



Como a criança deve ser educada?
Deve ser educada e disciplinada como qualquer outra criança. Os pais devem ensinar-lhe os limites, não permitindo que ela faça tudo o que quiser. Será necessário maior cuidado e atenção, pois a criança demorará mais para aprender as coisas. Devido à agitação e à dificuldade de compreensão é necessário maior firmeza na educação. Embora seja necessário ter maior firmeza e tolerância é importante não cercar a pessoa com Síndrome de Down de cuidados excessivos ou muita proteção. Apesar de ter algumas limitações, ela não deve tornar-se o centro da família, deve ser uma parte dela, como as outras pessoas.


Qual a escola mais adequada?
Na fase da pré-escola, pode haver adaptação das crianças em uma escola regular, que utiliza brincadeiras e exercícios físicos para ensina-las. No ensino fundamental, as limitações intelectuais geram dificuldades para a criança acompanhar uma sala regular na escola. Apesar disso, a tendência atual é de praticar a inclusão, que significa mantê-la no ensino regular, procurando atender suas necessidades especiais sem afasta-la do convívio com crianças sem dificuldades.
À medida que a pessoa se desenvolve pode haver necessidade de adaptação e apoio na escolarização.


Como é a escolarização e a inclusão?
Pessoas com Síndrome de Down tende a precisar de elementos explícitos para compreender as mudanças que ocorrem num ambiente. A pecepção daquilo que acontece muitas vezes restringe-se a alguns elementos da realidade e o pensamento abstrato pode ser insuficiente para compreender porque o mundo deve ser modificado. Para contornar essas dificuldades é importante manter a consistência nas rotinas da pessoa e quando houver necessidade de mudanças, preparar a pessoa para a transição de uma situação para outra.
A consistência é facilitadora e confortável, para pessoas com Síndrome de Down, pois em geral, é difícil integrar e generalizar as informações; a consistência também ajuda a aprender as atitudes adequadas e compreender regras de funcionamento de um ambiente.
Quando a pessoa inicia o processo de sociabilização e socialização a repetição dos comportamentos sociais adequados facilitará o desenvolvimento, por exemplo, comportamento de cumprimento e despedida do dia-a-dia são oportunidades de repetição que levam à prática de habilidades sociais e mostram a expectativa existente quanto a comportamento e linguagem.

Pessoas com Síndrome de Down aprendem a ler e a escrever?
Até a poucos anos, acreditava-se que as pessoas com Síndrome de Down não pudessem ser alfabetizadas. A abertura de oportunidades e a utilização de técnicas adequadas de ensino mostraram que a possibilidade existe e deve ser explorada. Em propostas filosóficas educacionais mais construtivistas, em que se espera que o (a) estudante tenha autonomia e estabeleça relações rápidas e consistentes, a pessoa com Síndromen de Down necessita de caminhos e apoio na organização das informações. O professor e a família cpode contribuir com sistematizações e repetições das atividades. Material extra e organização dos conhecimentos podem favorecer muito neste processo. Pessoas com Síndromen de Down podem aprender a ler e escrever.
A limitação cognitiva presente na Síndrome de Down, em grau que varia de pessoa para pessoa, altera o ritmo de aprendizagem, o processo de informação e também a memória visual, a memória auditiva, a atenção e a motivação. Essas alterações tornam a aprendizagem diferente, muitas vezes mais lenta, mas não impossível.

Como deve ser a Educação Sexual?
Aos poucos, de acordo com a curiosidade e com a capacidade de compreensão da pessoa. Os pais terão oportunidade de explicar como nosso corpo funciona e as diferenças entre homens e mulheres e também os diversos tipos de relacionamentos existentes entre as pessoas como amizade, namoro e casamento.
Os pais devem também fornecer informações que ajudem a pessoa a lidar com determinadas situações, como por exemplo, preparar a menina, para a primeira menstruação. A educação sexual não é feita num único dia. Desde pequena a criança tem curiosidade por tudo que a cerca, e o sexo também desperta sua atenção. Isso para ela é tão natural como qualquer outra coisa. Essa naturalidade continuará se os pais conversarem espontaneamente sobre a sexualidade com ela.
Postado por Cleusa

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