quarta-feira, 9 de maio de 2007

Precisamos aprender a viver com as diferenças!

Vygotsky entende que o processo de construção do conhecimento ocorre pela interação do sujeito historicamente situado com o ambiente sociocultural onde vive. Na sua visão, as pessoas portadoras de deficiência deveriam participar ativamente da vida social, superando o caráter caritativo dado geralmente a elas. Para esse autor, as leis que regulam o desenvolvimento infantil são as mesmas para as crianças com ou sem deficiência.
A criança, cujo desenvolvimento está impedido por um defeito, não é simplesmente uma criança menos desenvolvida que seus pares; mais precisamente ela tem se desenvolvido diferentemente (...) uma criança em cada estágio de seu desenvolvimento, em cada uma dessa s fases, representa uma singularidade qualitativa, isto é, uma estrutura orgânica e psicológica específica; exatamente no mesmo caminho uma criança deficiente representa qualitativamente uma diferença, um tipo único de desenvolvimento. (VYGOTSKY apud MARQUES, 2003, p.84)
A inclusão educacional requer uma revolução de paradigmas. Não significa apenas colocar pessoas "diferentes" num lugar em que não costumavam estar, significa não mais perceber a deficiência e sim, suas possibilidades de superação, significa rever a função social da escola. Inclusão significa dar oportunidades diferentes, considerando a semelhança de direitos e a capacitação para a cidadania.


A inclusão não interessa apenas aos deficientes. É para todos. O mundo necessita urgentemente de cidadãos éticos, dotados de espírito crítico e cooperativo, qualidades que só brotam do convívio com a diversidade.

Andréia Abreu.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Perguntas e Respostas

1. O que é síndrome de down? Síndrome de down (sd) é uma alteração genético que acarreta um atraso do desenvolvimento, tanto das funções motoras do corpo, como das funções mentais. Um bebê com sd é pouco ativo, molinho, o que chamamos hipotonia. A hipotonia diminui com o tempo, e a criança vai conquistando, embora mais tarde que as outras, as diversas etapas do desenvolvimento: sustentar a cabeça, virar-se na cama, engatinhar, sentar, andar e falar. A sd era conhecida popularmente como mongolismo. Atualmente, a forma de se nomear as pessoas que nascem com a trissomia 21 é: pessoas com síndrome de down.

2. Como se reconhece a sd? Há sinais físicos que acompanham, em geral, a sd, e por isso ajudam a fazer o diagnóstico. Os principais sinais físicos no recém-nascido são: • hipotonia • abertura das pálpebras inclinada com a parte externa mais elevada • prega da pálpebra no canto dos olhos como nas pessoas da raça amarela, por exemplo japoneses. • língua protusa (para fora da boca) • prega única na palma das mãos há outros sinais físicos, mas variam de bebê para bebê.

3. Ocorrem muitos casos de sd? A sd é relativamente freqüente: de cada 700 bebês que nascem, um tem. A síndrome. Atualmente, estima-se que existem, entre crianças e adultos, mais de 100 mil brasileiros com sd.


4. Qualquer casal pode ter um filho com essa síndrome? Sim, qualquer casal pode ter filho com sd, não importando sua raça, credo ou condição social. Entretanto, a chance de nascer um bebê com sd é maior quando a mãe tem mais de 40 anos.

5. Algum problema ocorrido durante gravidez pode causar a síndrome? Não. No inicio da gestação, quando começa a se formar o bebê, já está determinado se ele terá sd ou não. Portanto, nada que ocorra durante a gravidez, como quedas, emoções fortes ou sustos, pode ser a causa da síndrome. Também não se conhece nenhum medicamento que ingerido durante a gravidez cause a sd.

6. A sd é contagiosa? Não, ela não é causada por nenhum micróbio. Ela é produzida por uma alteração genética que ocorre no início da gravidez.

7. Existe cura? Até o momento, não há cura, embora no mundo inteiro se façam pesquisas nesse sentido. A sd é uma anomalia das próprias células, e não existem drogas, vacinas, remédios, escolas ou técnicas milagrosas capazes de curá-la. Infelizmente, são inúmeros os pais que se deixam enganar por curandeiros e charlatões, pensando que seus tratamentos milagrosos beneficiam seus filhos. Nesses casos, o desenvolvimento que a criança vai tendo com a idade é atribuído erradamente ao tratamento, que muitas vezes exige sacrifícios econômicos exorbitantes e completamente inúteis. Atualmente, são realizados programas de estimulação precoce que visam, favorecer o desenvolvimento motor e intelectual das crianças com sd. Estes programas indicam melhoras no desempenho da criança durante os primeiros anos de vida. A estimulação precoce não é a cura da sd, mas fornece as oportunidades para o desenvolvimento dos potenciais da criança.

8. Qual a causa? Toda pessoa tem seu corpo formado por pequenas unidades chamadas células, que só podem ser vistas ao microscópio. Dentro de cada célula estão os cromossomos, que são os responsáveis por todo o funcionamento da pessoa. Os cromossomos determinam, por exemplo, a cor dos olhos, altura, sexo e também o funcionamento e forma de cada órgão interno, como o coração, o estomago e o cérebro. Cada uma de nossas células possui 46 cromossomos que são iguais dois a dois, quer dizer, existem 23 pares ou duplas de cromossomos dentro de cada célula. Um desses pares de cromossomos, chamado de par número 21, é que está alterado na sd. A criança com sd possui um cromossomo 21 a mais, ou seja, ela têm três cromossomos 21 em todas as suas células, ao invés de ter dois. É o que chamamos de trissomia 21. Portanto, a causa da sd é a trissomia do cromossomo 21.

9. Qual o risco de um casal ter uma criança com sd? O risco depende da síndrome ser causada por trissomia simples ou por translocação. No caso da trissomia simples, o risco depende da idade da mãe, isso porque a chance de acontecer um erro na formação do ovo é maior com o aumento da idade da gestante. Para a translocação, se não existe outro caso na família, o risco é muito pequeno.

10. Existe alguma maneira de se saber se a criança terá sd antes do nascimento? Atualmente, existem exames que são feitos durante a gravidez, e que detectam algumas alterações do feto. Dentre estes, a amniocentese e a amostra de vilo corial são exames usados para estudo dos cromossomos do feto. Portanto, a trissomia do cromossomo 21, que causa a sd, pode ser detectada no período pré-natal. Mulheres com mais de 40 anos possuem um risco maior de ter um filho com sd e elas podem fazer um desses dois exames durante a gravidez. Esse aumento do risco não depende do número de filhos que a mulher já teve.

11. A síndrome pode ter graus diferentes? Não existe classificação em graus para a sd. Todavia, tanto os sinais clínicos como o desenvolvimento motor e mental apresentam variações. Assim, como cada criança é diferente das demais, as crianças com sd também se desenvolvem diferentemente umas das outras. Apesar da variação entre as crianças, todas apresentam deficiência mental.

12. As crianças com sd apresentam problemas de saúde? Existem alguns problemas e doenças que as crianças com sd podem ter com maior freqüência, tais como: • mal-formação cardíaca, em metade dos casos; • mal-formação do intestino; • deficiência imunológica; • problemas respiratórios; • problemas de visão e audição; • problemas odontológicos. É conveniente, em qualquer dos casos, procurar a orientação para o tratamento adequado. É importante lembrar que algumas pessoas com sd não apresentam os problemas ou doenças acima citados, por isso é sempre importante a avaliação médica, com um profissional da confiança da família, que acima de tudo, traga tranqüilidade.

13. Como é o desenvolvimento da criança com sd? O desenvolvimento da criança com sd ocorre em um ritmo mais lento que o das crianças normais. O bebê, devido à hipotonia, é mais quieto, tem dificuldade para sugar, engolir, sustentar a cabeça e os membros. A hipotonia, com os cuidados terapêuticos necessários, tem um prognóstico muito positivo. Embora haja atraso no desenvolvimento motor, isso não impede que a criança aprenda suas tarefas diárias e participe da vida social da família. A criança com sd pode, portanto, executar tarefas simples, mas a deficiência mental não permite que ela consiga resolver problemas abstratos, que são muito complicados para ela

14. Como é o temperamento? Cada pessoa tem uma personalidade própria, diferente das demais. Do mesmo modo, a criança com sd também tem sua personalidade, que depende, em grande parte, de suas experiências. A maioria dessas crianças tem temperamento dócil e não são agressivas. A teimosia e a birra às vezes fazem parte de seu comportamento e, assim como das outras crianças, que não encontram limites claros e equilibrados em sua educação.

15. Como a criança deve ser educada? Deve ser educada e disciplinada como qualquer outra criança. Os pais devem ensinar-lhe os limites, não permitindo que ela faça tudo o que quiser. Será necessário maior cuidado e atenção, porque a criança pode demorar mais para aprender as coisas. É importante lembrar que ela pode demorar para aprender as coisas, mas aprenderá.

16. Como se pode diminuir suas limitações? A maioria dos profissionais acredita que a estimulação precoce ajuda o desenvolvimento da criança. Os pais podem auxiliar muito a criança, brincando sempre com ela, mantendo-a em atividade, permitindo que ela tenha muitos estímulos, visuais, táteis e auditivos, por exemplo, com brinquedos e objetos de material, som e cor diferentes. Exercícios físicos específicos poderão auxiliar o desenvolvimento neurológico. A convivência com outras crianças e a participação na vida social da família auxiliarão seu desenvolvimento emocional. Clínicas especializadas costumam ter programas de estimulação precoce para crianças com sd, que poderão orientar os pais quanto aos exercícios específicos.

17. Qual e a escola mais adequada? A escola comum, de caráter regular (particular ou pública) que deve ser escolhida pelos pais, os quais podem ser orientados pelos terapeutas de seus filhos. Vale lembrar que a última decisão é dos pais. Nossa legislação atual assegura o direito à escolarização para todos, não importando raça, credo, sexo, ou se a pessoa tem necessidades especiais. Todos são iguais perante a lei e têm os mesmos direitos. Todas as escolas, particulares ou públicas, são obrigadas a matricular em seu estabelecimento pessoas com necessidades especiais caso sejam procuradas, e se não o fizerem, podem sofrer as conseqüências legais desta negação.

18. Convém internar a criança numa instituição especializada?
Uma instituição não tem condições de suprir todas as necessidades do desenvolvimento da criança, pois a família pode lhe dar mais atenção e carinho. É importante que ela conviva com outras pessoas e freqüente ambientes diferentes. Matricular a criança numa escola comum (rede regular de ensino) onde passe parte do dia, pode dar-lhe melhores condições de desenvolvimento, sem privá-la da convivência com a família.

19. Como os pais devem agir em relação à criança com sd e seus irmãos? Os pais devem procurar não superproteger a criança, interferindo o menos possível nas brincadeiras e brigas entre irmãos, permitindo que cada um tenha suas atividades e sua liberdade. Se os pais tratam a criança com naturalidade, os irmãos também o farão, não se deve tratar a criança como se ela fosse mais fraca, indefesa ou “diferente", fazendo exigências ou restrições especiais aos outros irmãos, pois eles poderão se sentir culpados, com pena, raiva ou com responsabilidade excessiva. Deve-se evitar que a criança com sd se torne alvo das atenções exageradas da família, para que os outros filhos não se sintam em segundo plano.

20. O que deve ser dito aos irmãos das criança? Se os irmãos forem pequenos, não evite sua presença para falar daquele que tem sd, evite cochichos, pois isso cria uma atmosfera artificial; ouvindo os pais conversarem com naturalidade, eles aceitarão naturalmente na medida que crescem. Se os irmãos tiverem idade para compreender, poderá ser dito que o irmão com sd aprenderá as coisas um pouco mais devagar do que eles mesmos aprenderam.

21. Como os casais se sentem ao saber que têm um filho com sd? Há muita expectativa quanto ao nascimento de um bebê, e os pais sempre esperam que seus filhos nasçam sadios. Quando nasce uma criança com sd, é natural que os pais fiquem chocados e que tenham sentimentos de perda e rejeição. Devido a pouca informação, os pais podem supor que cometeram algum erro e por isso se sentem culpados. À medida que a situação se torna mais clara, e que os pais tornam conhecimento de que a síndrome é causada por um acidente sobre o qual ninguém tem controle, esses sentimentos, que são naturais nesse momento, poderão ser superados. Sentimentos de insegurança e incerteza, bem como dúvidas sobre como tratar a criança e o que o futuro lhe reserva, podem surgir. Se isso acontecer, procure informações corretas, através de médicos, profissionais especializados ou mesmo pais que também têm um filho com sd. Isso poderá ajudá-lo a compreender melhor a situação e seu filho.

22. Como se deve agir quando outras pessoas fizerem perguntas? Apesar da dificuldade inicial em aceitar a criança com sd, procure dizer às pessoas conhecidas que a criança tem sd, que é um atraso no desenvolvimento, que não é uma doença contagiosa ou infecciosa. Isso poderá evitar situações desagradáveis, e as pessoas se sentirão mais a vontade para conversar com você a respeito da criança.

23. Como deve ser a educação sexual? Aos poucos, de acordo com a curiosidade da criança e com sua capacidade de compreensão, os pais terão oportunidade de explicar como nosso corpo funciona e as diferenças entre homens e mulheres e, fornecer informações que ajudem a criança a lidar com determinadas situações, como, por exemplo, preparar a menina para a primeira menstruação. A educação sexual não é dada num único dia. Desde pequena a criança tem curiosidade por tudo que a cerca, e o sexo também desperta sua atenção. Isso para ela é tão natural como qualquer outra coisa. Essa naturalidade continuará se os pais conversarem espontaneamente sobre sexo com ela.

24. Uma pessoa com sd poderá ter filhos? Não se conhecem casos de homens com sd que tenham se reproduzido. As mulheres podem menstruar e engravidar. Entretanto, a gravidez é desaconselhada, porque a mãe terá dificuldade em cuidar da criança adequadamente. Além disso, o risco de nascer uma criança também com sd é alto (cerca de 50%). Convém que os pais procurem a orientação de um ginecologista quando a menina com sd chega à adolescência e tem a sua primeira menstruação.

25. Como é a vida da pessoa com sd? A pessoa com sd quando adolescente e adulta tem uma vida semi-independente. Embora possa não atingir níveis avançados de escolaridade, pode trabalhar em diversas outras funções, de acordo com seu nível intelectual. Ela pode ter sua vida social como qualquer outra pessoa, trabalhar, praticar esportes, viajar, freqüentar festas.


Fonte:
www.fsdown.org.br

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Educação Fisica

A escola como espaço inclusivo tem sido alvo de inúmeras reflexões e debates. A idéia da escola como espaço inclusivo nos remete às dimensões físicas e atitudinais que permeiam a área escolar, onde diversos elementos como a arquitetura, engenharia, transporte, acesso, experiências, conhecimentos, sentimentos, comportamentos, valores etc. coexistem, formando este locus extremamente complexo. A partir disto, a discussão de uma escola para todos tem suscitado inúmeros debates sobre programas e políticas de inserção de alunos com necessidades especiais. A grande polêmica está centrada na questão de como promover a inclusão na escola de forma responsável e competente.
Quanto a área da Educação Física, a Educação Física Adaptada surgiu oficialmente nos cursos de graduação através da Resolução 3/87 do Conselho Federal de Educação e que prevê a atuação do professor de Educação Física com o portador de deficiência e outras necessidades especiais. Por isso sabemos que, muitos professores de Educação Física e hoje atuantes nas escolas não receberam em sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes a Educação Física Adaptada ou a Inclusão.
Sabemos também que nem todas as escolas estão preparadas para receber o aluno portador de uma deficiência e por vários motivos, entre eles, porque os professores não se sentem preparados para atender adequadamente as necessidades daqueles alunos e porque os escolares que não têm deficiência não foram preparados sobre como aceitar ou brincar com os colegas com deficiência.
A Educação Física Adaptada "é uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência, respeitando suas diferenças individuais" (Duarte e Werner, 1995: 9).
Segundo Bueno e Resa (1995), a Educação Física Adaptada para portadores de deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao indivíduo deficiente. É um processo de atuação docente com planejamento, visando atender às necessidades de seus educandos.
A Educação Física na escola se constitui em uma grande área de adaptação ao permitir, a participação de crianças e jovens em atividades físicas adequadas às suas possibilidades, proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo. O Programa de Educação Física quando adaptada ao aluno portador de deficiência, possibilita ao mesmo a compreensão de suas limitações e capacidades, auxiliando-o na busca de uma melhor adaptação (Cidade e Freitas, 1997).
Segundo Pedrinelli (1994: 69), "todo o programa deve conter desafios a todos os alunos, permitir a participação de todos, respeitar suas limitações, promover autonomia e enfatizar o potencial no domínio motor". A autora coloca que o educador pode selecionar a atividade em função do comprometimento motor, idade cronológica e desenvolvimento intelectual.
Na escola, os educandos com deficiência leve e moderada podem participar de atividades dentro do programa de Educação Física, com algumas adaptações e cuidados. A realização de atividades com crianças, principalmente aquelas que envolvem jogos, devem ter um caráter lúdico e favorecer situações onde a criança aprende a lidar com seus fracassos e seus êxitos. A variedade de atividades também prevê o esporte como um auxílio no aprimoramento da personalidade de pessoas portadoras de deficiência (Bueno e Resa, 1995). As crianças com algum nível de deficiência (auditiva, visual, física e mental) podem participar da maioria das atividades propostas.
É importante que o professor tenha os conhecimentos básicos relativos ao seu aluno como: tipo de deficiência, idade em que apareceu a deficiência, se foi repentina ou gradativa, se é transitória ou permanente, as funções e estruturas que estão prejudicadas. Implica, também, que esse educador conheça os diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos, sensoriais, neurológicos); cognitivo; motor; interação social e afetivo-emocional (Cidade e Freitas, 1997).

Documento completo:http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/sobama/sobamaorg/inclusao.pdf

Postado por Eliane

Tecnologias assistivas

As múltiplas dimensões das tecnologias assistivas, concebidas como todo e qualquer recurso ou alternativa de resolução de problemas funcionais está referenciada no reconhecimento e na valorização das potencialidades humanas, em contraposição à lógica de um modelo de intervenção centrado nas deficiências, restrições e incapacidades. percebemos o dinamismo, a adaptabilidade e a capacidade criativa do ser humano que inventa e reinventa modos e meios de agir, interagir, desempenhar funções e atuar em contextos diversos e desafiadores.

Os benefícios das terapias alternativas.

A estimulação precoce e constante é altamente recomendada por todos os especialistas para as pessoas que nasceram com a síndrome de Down.
Tratamentos mais tradicionais e obrigatórios como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional são empregados logo após o nascimento, na forma de brincadeiras e incorporados na rotina da família.
Ao lado dessas terapias, as formas mais alternativas de tratamento também têm espaço e valor.
Duas das terapias alternativas mais procuradas pelas pessoas que têm algum tipo de dificuldade de aprendizao ou motora são a hipoterapia e a ioga.

Ioga.
No caso da ioga ministrada sob medida para crianças que têm necessidades especiais, uma das grandes autoridades internacionais no assunto é a brasileira Sonia Sumar.
A professora explica que a ioga é um sistema de vida e não só um hábito de academia e ela acredita que sua prática é capaz de melhorar a capacidade física e mental da pessoa, mas dá um aviso aos pais que freqüentam seus seminários, ministrados na Europa, Estados Unidos e Brasil.
Os benefícios da ioga, segundo Sonia Sumar, têm origem no princípio de que o corpo está sendo trabalhado de dentro para fora e a criança com Down, que normalmente nasce com fraqueza muscular, ou hipotonia, pode ter seu rendimento físico e mental extremamente revitalizado.
"A ioga fortalece toda a musculatura, o que vai ajudar pulmão e coração. A chave e a porta para isso é a respiração. Geralmente, as pessoas com Down respiram pela boca e, ao corrigir isso, ela passa a ter mais oxigênio no cérebro, aumentando a concentração e o desenvolvimento em geral", diz Sonia.
E com o maior orgulho, Sonia Sumar fala da filha, Roberta, a quem chama de "minha guru".
"Meu objetivo era fazer com que a Roberta se sentisse importante e que ela fosse uma pessoa que tivesse compaixão por aquelas que tinham preconceito contra ela e que não se sentisse diminuída por que tinha a síndrome de Down".
"E eu sei que, apesar de ter vivido menos de 15 anos, a Roberta tinha uma compreensão de vida que muita gente que vive 90 anos não tem. Lembro que, um dia, quando ela tinha oito ou nove anos, a Roberta disse: 'Mamãe, eu sou sua mestra'. Achei, na minha ignorância, que ela estava enganada e respondi que eu era a mestra, pois era eu quem ensinava ioga para ela desde bebê. Hoje vejo que ela tinha entendido tudo muito bem".

Hipoterapia
O fator lúdico do tratamento é um dos ingredientes do seu sucesso terapeutico. "A hipoterapia não é uma terapia tradicional. Para as crianças com síndrome de Down, elas estão sempre brincando. E o cavalo proporciona um estímulo tão intenso, tão grande, tão global que faz com que uma criança com Down tenha uma resposta muito mais rápida do que com uma terapia tradicional. Por isso é necessário ter diferentes terapeutas atuando ao mesmo tempo como fisioterapeuta, terapia ocupacional, fonoaudiólogo, psicomotricista que atuam em cima das diferentes reações provindas deste momento para que não se perca nada", explica Beatriz Marins.
Segundo Marins, a hipoterapia traz vantagens também emocionais e sociais: "O lado social ganha através da interação com vários integrantes da equipe. Quando a criança está em cima do cavalo, ela pode ver a vida de outro ângulo, ela tem poder e domínio, pois controla o animal", explica Beatriz Marins.

Beatriz Marins desenvolve uma experiência envolvendo crianças com Síndrome de Down e cavalos, este projeto está mostrando os benefícios deste tipo de estimulação. O projeto Equitar - Centro Brasileiro de Estudo, Desenvolvimento e Pesquisa da Equoterapia - usa as instalações do Clube Militar, na Tijuca, e do Jóquei Clube, na Gávea.

Entrevista com o atual presidente da Fundação Lejeune.

Em entrevista à BBC Brasil, o atual presidente da Fundação Lejeune, o pesquisador Jean Marie Le Méné, que trabalhou com o geneticista francês durante 20 anos, falou sobre a importância do trabalho pioneiro desenvolvido pelo médico que descobriu a primeira anomalia cromossômica humana, a trissomia 21. Le Méné falou também sobre uma controvertida perspectiva, buscada pelo próprio Lejeune: a "cura" da síndrome de Down que ele considerada como uma das "doenças da inteligência".
Instituto francês busca a 'cura' para a trissomia 21
Fundação Lejeune, em Paris, é chamada assim em homenagem a Jérôme Lejeune (1926 - 1994) que, em 1958, descobriu a origem cromossômica da Síndrome de Down, até então chamada de "mongolismo".
Esta foi a primeira vez que se estabelecia um vínculo entre um estado de deficiência mental e uma anomalia cromossômica.

01. Qual é a importância para a medicina, em geral, da descoberta feita por Lejeune de que os portadores da Síndrome de Down têm um cromossomo a mais?
Le Méné: Ao descobrir a origem cromossômica da síndrome de Down, o professor Lejeune mostrou a ligação entre a genética e as doenças humanas.
Lejeune dizia que as pessoas com síndrome de Down não tinham cromossomos anormais ou doentes e sim um cromossomo extra. Para ele, era preciso, de alguma maneira, colocar este cromossomo a mais entre parênteses e, através de medicamentos, anular seus efeitos bioquímicos. Um dia, vamos conseguir "curar" a síndrome de Down.

02. A que características especifícamente o senhor está se referindo? Ao retardo mental?
Le Méné: Exatamente. Há muitas coisas a corrigir pois os portadores desta síndrome não apresentam somente o retardo mental. Como o cromossomo 21 está presente em todas as células, então há um pouco de problema em tudo. Mas a razão porque as pessoas com SD são excluídos da sociedade é por causa do retardo mental, e não porque eles podem nascer com problemas cardíacos ou digestivos.
Acho que o principal inconveniente da trissomia 21 é o retardo mental e se a gente conseguir melhorar isso, melhoramos todo o resto. Pensamos que, para os pais e para os mais interessados, os portadores da síndrome de Down, o mais importante é ter um nível intelectual como todo mundo.

03. Mas o senhor não acha que é o caso de a sociedade, em geral, aprender a conviver com as pessoas que são diferentes da maioria?
Le Méné: Concordo que é uma questão da sociedade aceitar as pessoas com alguma diferença, ou deficiência. Mas existe uma grande diferença entre os que têm alguma deficiência física ou sensorial dos que têm uma deficiência mental e que são mais rejeitados pelas pessoas. Os que têm limitações físicas ou sensoriais podem compensar usando computador ou uma bengala. Para os que têm retardo mental não existe uma compensação.
A segunda razão é que, em países desenvolvidos como a França, se diz que se pode “evitar” o nascimento ou a ocorrência da trissomia 21. Ou seja, se se conseguir evitar o nascimento das pessoas com trissomia 21, através do aborto, não haverá mais pessoas com Down no mundo. Por conta disso, a tendência mundial é não dar mais atenção aos que estão aqui, aos que nascem, aos que estão envelhecendo, e trata-se de uma população numerosa.
E é realmente um erro pensar assim pois sempre haverá pessoas com trissomia 21, mais velhos e mais jovens. Haverá sempre mulheres que vão se recusar a fazer um aborto porque podem estar grávidas de um bebê com Down. E é injusto ter este tipo de comportamento em relação a uma doença que não é rara.

04. Não é um erro chamar a síndrome de Down de "doença"?
Le Méné: É uma escolha de palavras feitas pelo professor Lejeune que chamava a trissomia 21 de "doença da inteligência". Ele acreditava que era uma doença e que podia ser tratada. Ele não pensava que a síndrome de Down tinha o retardo mental como característica e que isso deveria ser considerado uma fatalidade e ponto final.
A trissomia 21 é uma doença genética. A palavra doença traz esperanças de tratamento e de uma cura.

05. O senhor vê progressos no tratamento das pessoas com Down hoje em relação à época do professor Lejeune?
Le Méné: Em 1996, a Fundação Lejeune se tornou o primeiro patrocinador das pesquisas em relação a síndrome de Down na França. Antes disso praticamente não havia estudos sobre o assunto no país.
É muito importante também para a sociedade e para as pessoas portadoras da síndrome saber que há médicos que se interessam pelo assunto. Não se pode mais ter médicos que dão a notícia para os pais do nascimento de uma criança com Down, dizendo: "é uma catástrofe. Ele não vai falar, não vai andar, etc.".

06. O senhor vê progressos no tratamento das pessoas com Down hoje em relação à época do professor Lejeune?
Le Méné: Em 1996, a Fundação Lejeune se tornou o primeiro patrocinador das pesquisas em relação a síndrome de Down na França. Antes disso praticamente não havia estudos sobre o assunto no país.
É muito importante também para a sociedade e para as pessoas portadoras da síndrome saber que há médicos que se interessam pelo assunto. Não se pode mais ter médicos que dão a notícia para os pais do nascimento de uma criança com Down, dizendo : "é uma catástrofe. Ele não vai falar, não vai andar, etc.".

07. Um assunto que mobilizou a França nos últimos anos foi o direito de nascer das pessoas com deficiência...
Le Méné: Você está falando do caso Perruche. Uma mãe que teve um filho com problemas mentais e ela processou o médico e venceu. Houve um erro nos exames laboratoriais. Depois, ela entrou com um processo em nome do filho, alegando que ele tinha o direito de não estar aqui. O médico foi condenado a pagar uma indenização por ter dado o direito à criança de nascer. O médico foi condenado pelo problema da criança apesar de o médico ser responsável pelo nascimento dela.
Este assunto provocou muita polêmica na França. A classe médica e os pais consideraram um escândalo assim como a mídia e os políticos.

08. O senhor acha que um dia não vai mais haver pessoas com síndrome de Down:?
Le Méné: Isto é uma ilusão pois o teste da amniocentese não é cem por cento seguro e sempre haverá mulheres que se recusam a fazer o teste.

09. Na sua experiência, as pessoas com síndrome de Down, você acha que eles querem ser curados ou serem aceitos como são? São alternativas tão diferentes...
Le Méné: Acho que há as duas opções. A inclusão na sociedade é limitada. Tínhamos uma estagiária que era inteligente, simpática e eficiente e que trabalhava como secretária. Ela sempre me dizia, "eu não tenho amigos".
As pessoas com Down sofrem por não ter o mesmo nível de inteligência, a vida pode ser muito cansativa.
É ótimo poder incluí-los na escola no início, mas no final pode ser muito desgastante.
Não se pode forçar pois há o problema do limite intelectual e é por isso que é o nosso objetivo é realista, o de ajudá-los a superar este problema.

10. O senhor acha que Lejeune ficaria feliz com a situação atual das pessoas que nasceram com a síndrome de Down.
Le Méné: Ficaria contente com os esforços da Fundação pois ele também tinha dificuldade em achar o dinheiro para suas pesquisas. As pessoas diziam que, após a aprovação do aborto na França, não haveria mais pessoas com síndrome de Down no país, daí não haveria interesse em patrocinar pesquisas sobre o assunto.
Na França, onde há um sistema que permite a eliminação das pessoas com síndrome de Down se pratica o racismo cromossômico. A medicina que elimina os doentes é uma medicina estranha, é um erro metodológico. Não se pode eliminar os cancerosos, os aidéticos.
Não sei se ele ficaria feliz com o desenvolvimento da civilização que busca eliminar os que fogem do chamado "normal". Eles são eliminados no início da vida ou no final, através da eutanásia. Lejeune costumava dizer que a natureza condena e não cabe à medicina executar a sentença mas sim transformar a pena.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Desenvolvimento de Software Educacional para Crianças Portadoras de Síndrome de Down

Material tirado do trabalho de Marília A. Amaral, Grasiele Gomedi http://www.niee.ufrgs.br/cbcomp/cbcomp2004/html/pdf/Informatica_Educa%E7%E3o/t170100106_3.pdf (Não postado na totalidade)

Este trabalho visa demonstrar a importância da informática na educação especial, englobando assim assuntos como: inclusão digital de crianças com Síndrome de Down, desenvolvimento de suas aptidões, aprendizado, coordenação motora, manuseio com o computador, raciocínio lógico e outros aspectos essenciais na sua educação; estudo de interfaces apropriadas para criação de softwares educacionais com qualidade; ferramentas usadas na criação desse software, etc. Há uma proposta de implementação de um software educacional voltado para crianças entre 4 a 6 anos, portadoras de Síndrome de Down. Neste software serão abordadas várias atividades, com elementos lúdicos, que ensinam ou reforçam os conceitos das vogais, números de 0 a 9 e das cores básicas. O intuito desse software é atender a necessidade de fixação ou de aprendizado dos conteúdos dados em escola, através de uma ferramenta, de uma forma divertida e interativa e, ao mesmo tempo, possibilitar a alfabetização e o desenvolvimento educacional da criança portadora de Síndrome de Down.

SÍNDROME DE DOWN E A ALFABETIZAÇÃO
A síndrome de Down é a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma aberração cromossômica. Em vez de 23 pares de cromossomos em cada célula, o portador de Síndrome de Down passa a ter 47, e não 46. Um cromossomo a mais justamente no par 21, daí esta anomalia ser conhecida como trissomia do cromossomo 21. Este cromossomo a mais é o responsável por todas as anomalias atribuídas à Síndrome. Há crianças que apresentam somente algumas das características comuns à criança com Síndrome de Down, enquanto outras exibem muitas ou todas. Além disto, o desenvolvimento mental e as habilidades intelectuais dessas crianças abrangem uma extensão entre o retardado mental severo e a inteligência próxima à normal. O desenvolvimento intelectual da criança é um processo global e harmonioso. Esse processo global da criança portadora de Síndrome de Down, acontece com retardo ao padrão da normalidade, no entanto, esta criança pode chegar a progressos consideráveis com boa estimulação do meio, facilitada por profissionais capacitados e, sobretudo, pela família com a qual convive diariamente.

Na criança Down, em geral, todo o trabalho cerebral se processa mais lentamente. A atenção é menor, ou seja, não se concentra o tempo suficiente para guardar as ordens dadas. Há uma fadiga muito rápida e com o cansaço, a energia necessária para manter a concentração, desaparece. Existe uma grande dificuldade para atividades mais prolongadas, sugerindo-se então para seu melhor desenvolvimento, uma atividade que seja encaminhada a um processo de estimulação. Para auxiliar neste processo de estimulação, de alfabetização, das tarefas pedagógicas, utiliza-se também como um meio eficiente, o computador. Através do computador, as atividades diárias dessas crianças, podem ser trabalhadas de diversas formas. A forma proposta neste trabalho é o jogo educacional.

O jogo educacional tem um papel muito importante na estimulação da criança, pois é uma forma natural da criança entrar em contato com a realidade. Além de o jogo ser uma grande fonte de prazer para a criança que o usa, ele permite que a criança libere suas energias, transforme uma realidade difícil, principalmente para as crianças especiais, estimule o interesse da criança por ser um meio inovador e outros. Ele é considerado um dos meios mais propícios na construção do conhecimento, pois para ‘cumprir’ as atividades nele proposta, a criança utiliza seu lado sensóriomotor, ou seja, trabalha com o corpo e com a mente, desenvolvendo várias habilidades importantes para sua educação como: a descoberta, identificação, observação, análise, criatividade, autoconfiança e outros aspectos que fazem com que a criança desenvolva seus conhecimentos e, ao mesmo tempo, interage com pessoas especiais ou não, exercendo assim, sua cidadania .Para o desenvolvimento deste software educacional está sendo realizada uma pesquisa na área pedagógica, onde são abordados toda a parte educacional da criança portadora de Síndrome de Down, suas facilidades e dificuldades no aprendizado, atividades curriculares, comportamento e facilidade no uso do computador, modelagem pedagógica em jogos educacionais e outras características relevantes.Segundo Kirk [12], a aprendizagem de crianças com deficiência mental deve ser instruída sistematicamente. Para facilitar esse tipo de aprendizagem, existem princípios e técnicas, tais como: deixar a criança experimentar o sucesso; oferecer ‘feedback’; reforçar respostas corretas; encontrar o nível ideal para a criança trabalhar; passar a atividade o mais lentamente possível, para facilitar a aprendizagem; proporcionar transferência positiva de conhecimento de uma situação para outra; repetir as experiências o suficiente para desenvolver a superaprendizagem; motivar a criança para um esforço maior, limitar o número de conceitos apresentados em qualquer período, organizar o assunto com dicas adequadas para chamar a atenção e outras atitudes que auxiliam na aquisição de conhecimento diário de todos. Estes princípios de aprendizagem que Kirk [12] cita são válidos para qualquer tipo de atividade, seja ela computacional, artística, experimental, etc. Para o desenvolvimento das atividades deste jogo educacional, além de considerar as características propostas por Kirk [12], existe um auxílio das professoras da APSDown, interagindo as atividades curriculares com as computacionais. Já na pesquisa tecnológica tem-se um estudo no desenvolvimento de interfaces para jogos educacionais, onde o foco principal é, por exemplo, uso de cores apropriadas para se fazer um software educacional para crianças portadoras de Síndrome de Down, disposição dos objetos e figuras na tela, meios de acesso que torne o software mais interativo e de fácil manuseio perante as crianças, ou seja, maneiras de se fazer um software educacional com qualidade e principalmente alcançando seu objetivo maior de ensinar ou reforçar os assuntos propostos para o auxílio na alfabetização destas crianças. Estão sendo estudadas, também, ferramentas e linguagens para o desenvolvimento de softwares educacionais que proporcionam uma maior interação, aprendizado e diversão para os usuários do mesmo.

SOFTWARE PROPOSTO
O software proposto é um jogo educacional para crianças de 4 a 6 anos portadoras de Síndrome de Down. Através da temática ‘Meio Ambiente’ e usando elementos lúdicos, sons, cores e todo recurso de mídia disponível, serão desenvolvidas várias atividades que abordem os números de 0 a 9, as vogais e as cores básicas. Este jogo foi definido, inicialmente, com três fases (Cores; Vogais e Cores; Números, Vogais e Cores), onde cada uma possuirá no mínimo dois níveis. Em cada fase, o nível de dificuldade aumenta conforme a diversidade das atividades propostas, porém as atividades sempre serão sobre os assuntos já citados acima, assim as crianças com a mesma idade, mas com níveis de aprendizado diferentes, poderão usufruir o jogo, reforçando estes conceitos que são extremamente importantes para o início de sua alfabetização e principalmente se integrando para a educação regular. O desenvolvimento de cada etapa do jogo está baseado nas atividades que são dadas pelos professores no processo de pré-­alfabetização de uma criança, com a diferença que, no jogo, a criança estará adquirindo seu conhecimento de forma divertida e interativa, possibilitando o contato com outras crianças com ou sem Síndrome de Down e auxiliando o professor na alfabetização. Há vários tipos diferentes de atividades que serão usadas para englobar o mesmo tema de ensino. Cada atividade, dependendo da sua dificuldade, será inserida em uma fase. Para jogar, a criança poderá começar por qualquer fase, porém para terminá-la deverá passar por todos os níveis, seqüencialmente.

Fig. 1. Esquema de Tela para trabalho com vogais

Uma das atividades proposta para o jogo é um “Quebra Cabeças de Vogais”, onde se tem, por exemplo, o desenho de uma abelha dividida em duas partes e logo abaixo a palavra abelha apresentando destaque na vogal A. A criança então deve montar o quebra cabeça proposto e quando a atividade for finalizada, a abelha emite o seu som e a vogal A é destacada por meio de uma animação. Com esta atividade consegue-se trabalhar vários conceitos como: coordenação motora, raciocínio lógico, observação, relação da vogal com a ilustração da abelha, relação da figura com o seu verdadeiro som. A figura 1 mostra o esquema de tela que será utilizado para a atividade relacionada com vogais.


A figura 2 mostra o protótipo de tela de outra atividade. O objetivo desta segunda atividade é formar pares, ou seja, estimular a criança a relacionar os animais iguais e de cores iguais colocando-os juntos. Quando a combinação dos animais estiver correta, eles ‘criam vida’ e começam a se mexer, emitir som, etc. Nesta atividade cria-se a noção das cores básicas e as diferenças entre si e a distinção entre os animais, fornecendo à criança uma maior percepção visual e o raciocínio lógico.


Fig. 2. Protótipo de tela que propõe atividade com as cores, usando elementos do meio ambiente.

Com a grande aplicabilidade da tecnologia computacional na área de educação, os softwares educativos representam um marco fundamental na alfabetização. Estes softwares são as novas propostas que auxiliam os professores e os alunos, no aprendizado ou no reforço das informações. Com o propósito de colaborar educacionalmente com a criança portadora de Síndrome de Down, surgiu esta proposta de jogo educacional. Além de motivar a aprendizagem utilizando uma interface agradável e de fácil manipulação, os recursos de som, imagem e animação, seu objetivo é estimular a criança portadora a desenvolver suas aptidões, raciocínio, coordenação motora, ou seja, seu intelecto e principalmente integrá-las na sociedade. No presente momento o trabalho encontra-se em fase de prototipação. A seqüência das atividades que serão abordadas no jogo já foi estabelecida e o esquema de telas, bem como a apresentação do conteúdo estão sendo propostos e discutidos juntamente a APSDown. Pelas várias pesquisas que foram e são realizadas particularmente para crianças com Síndrome de Down e sendo a APSDown, uma instituição que está auxiliando no aspecto pedagógico envolvido neste trabalho, há grandes expectativas de alcançar o objetivo deste jogo, revolucionando o aprendizado e a inter-relação dessas crianças com todos da sociedade.

Postado por Alcione

terça-feira, 24 de abril de 2007

Jogo educacional


Está surgindo uma nova proposta para as pessoas com Síndrome de Down que é o jogo educacional. Além de motivar a aprendizagem utilizando uma interface agradável e de fácil manipulação, os recursos de som, imagem e animação, seu objetivo é estimular a criança portadora a desenvolver suas aptidões, raciocínio,coordenação motora ou seja,seu intelecto e principalmente integrá-las na sociedade.

Cleusa

Tecnologia de aprendizagem

Tecnologia de aprendizagem: Paciência e amor

Tecnologias de aprendizagem para as pessoas com síndrome de down acredito que seja muita paciência dos professores.

As pessoas cuja características são lentas na aprendizagem apenas levam mais tempo para aprender. Claro que além da paciência o professor deve ter muita atenção, carinho com o aluno, fazendo com que ele repita as atividades várias vezes, até que ele consegue entender.

Aqui está o testemunho de um rapaz espanhol, Pablo Pinedo, que foi a primeira pessoa com síndrome de Down, na Espanha, que conquistou um título universitário com alto rendimento acadêmico, segundo nos informa o amigo Roberto Leal Ocampo, Diretor Geral de Inclusion InterAmericana.

Sabemos que uma das formas de reduzir preconceitos e aumentar a visibilidade das pessoas com síndrome de Down em seus aspectos mais positivos, é exatamente escutando o que nos têm a dizer nossos amigos com essa síndrome, estejam onde estiverem, dentro de sua própria cultura de país, nessa qualidade de unicidade que é o símbolo da condição humana que todos temos, com seu modo muito próprio de se expressar. Não há nenhum ser humano absolutamente igual a outro, todos temos o nosso território especial, nossas características próprias que pessoa alguma em nenhum lugar da terra tem exatamente iguais.

Testemunho de Pablo Pinedo

Pablo nos disse que a primeira notícia que teve de que tinha a condição de ter síndrome de Down lhe veio quando tinha entre seis e sete anos. "Um professor da universidade que adotara o projeto Roma, don Miguel García Melero, no escritório do diretor me perguntou: "Você sabe que você tem síndrome de Down?" Eu inocentemente lhe disse que sim, embora não tivesse idéia do que ele queria dizer com isso. Ele notou e começou a me explicar o que estava dizendo, embora não fosse geneticista e sim pedagogo. E eu. como gosto de brincar com as pessoas e possuo agudeza mental lhe perguntei: "Don Miguel, sou um bobo?"

Por que você perguntou isso a ele?

"Não sei, é difícil responder. Talvez porque se aos seis anos associam você a uma síndrome de Down, a gente associa isso a ser bobo e aí lhe perguntei: "e vou poder continuar a estudar?" Ele me disse, "sim, certamente." Pouco tempo depois começaram as coisas que acontecem na rua; as crianças começaram a me dizer: "pobrezinho, está mal de saúde". E eu me enfurecia porque não estava doente."

Pensou que era um síndrome de Down um pouco especial?

"Exatamente. Também pensei, além de que eu era especial, que outros meninos com síndrome de Down que já conhecia tão pouco eram como os livros os descreviam. A literatura nos faz piores do que somos, e nos mantém afastados dos outros. Quanto à capacidade motora, explicam a você tudo que deveriam tratar quanto à capacidade mental. O mental sempre é vendido pior que o físico. Dizem que somos deficientes, que somos retardados, e que não há nenhuma solução, o que é o pior de tudo. As pessoas ficam com as alterações que são visíveis e associam o mental à loucura porque, anteriormente, não se fazia distinção entre deficiência mental e enfermidade mental. E, não obstante, isso se percebe de maneira errada.... De tal forma, que quando as pessoas vêem alguém que tem paralisia cerebral dizem que está louco. Deficiência é associada a loucura."

Para você era mais difícil estudar do que acontecia com outros meninos?

"Não. Aritmética e matemática são matérias de que não gosto nada; porém, isso não é algo extraordinário, nem é característico de uma pessoa com síndrome de Down."

Na verdade, sua vida deve ser difícil porque você precisa ser um bom guerreiro para conseguir levá-la.

"Sim, de certo que é duro, mais do que tudo porque você sempre tem de demonstrar que pode fazer isso ou aquilo."
Nota: É importante a forma pela qual Pablo, a partir de sua experiência, convida os especialistas em educação a desenvolver programas de Educação Inclusiva. Porém, diz que se revolta contra isso.

Seu próximo desafio, poderia ser encontrar uma garota que lhe conviesse?

"Sim, porém, beijar-nos já seria um escândalo público. Imagine só. as pessoas ficariam escandalizadas, iriam buscar um guarda, armariam um barraco. Isso me dá medo. Há cerca de dois anos, estava sozinho na praia falando pelo celular e não se passaram cinco minutos eu já tinha um guarda civil ao meu lado. " Você está sentindo alguma coisa? "Nada." "É que uma pessoa me disse que você estava perdido." Imagine você, isso por estar falando pelo celular. Se estiver beijando uma garota, não é que viria um guarda, virão cinco."

Depois de conseguir um diploma em magistério na universidade, agora Pablo está se licenciando em psicopedagogia: "É um pouco mais difícil, mais abstrato, sobretudo a parte dos psicólogos, como Piaget. Espero terminar este curso e será então aí que estarei oficialmente licenciado. É meu destino querer ir por aí aconselhando e orientando. Agora, o diretor da área de bem estar social incluiu-me num projeto da União Européia, que visa fomentar o emprego apoiado e para o qual é preciso fazer um trabalho de sensibilização muito importante; vou visitar empresas com essa finalidade. Querem criar uma rede de empresas solidárias onde pessoas deficientes possam trabalhar. Neste trabalho estou com uma equipe eminentemente feminina com Inês, Maria, Lola e outros dois garotos, Dani e Andrés. Trata-se de um apoio psicopedagógico e estou contente, isto faz com que me sinta útil."

Bibliografia:

http://www.bengalalegal.com/nossagente.php

Cleusa

Pessoas com Síndrome de Down trabalhando

Vejam como as pessoas com Síndrome de Down já estão tendo oportunidades de trabalho:

Portadores da síndrome de down que são alunos da associação de pais e amigos excepcionais (APAE) ganharam mais uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. A instituição, em parceria com a universidade de Brasília (UNB), está iniciando
um projeto de inclusão profissional para esses jovens.


“nós esperamos que esse projeto renda frutos satisfatórios, e que outras instituições sigam o nosso exemplo”, afirmou Maria José Moreira, diretora da biblioteca da UNB.

No começo desta semana, a APAE e a UNB firmaram convênio para um projeto que ensina aos jovens excepcionais o trabalho de higienização e conservação de parte do acervo da biblioteca da universidade.

Os alunos passarão por um processo de seleção em que psicólogos vão analisar as habilidades para esse trabalho específico. O curso para a primeira turma, com 16 alunos, teve duração de 60 horas. Agora, eles estão colocando em prática o que aprenderam. Durante seis meses, profissionais ligados ao projeto farão a análise dos resultados, para definir se o trabalho terá continuidade.

De acordo com Maria José Moreira, depois de aprender a higienização e conservação dos livros, os alunos irão passar por outro treinamento, o de restauração, "que deverá ocupar um segundo momento, uma vez que o processo de aprendizagem é mais lento para os portadores da síndrome de down, e esse trabalho exige mais cuidados", explicou.

As aulas de restauração e conservação dos livros serão dadas por técnicos do centro de do*****entação da UNB.

Cleusa

Bibliografia:

http://www.deficientesolidario.com.br/

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Professores...sem preconceito...



Capacitação dos professores – sem preconceitos
Para lidar com a inclusão de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs), é preciso abandonar a idéia equivocada de que o professor tem que se preparar para atender alunos com deficiência.A fonoaudióloga Carmem Minuzzi, coordenadora do núcleo terapêutico da Fundação Síndrome de Down, explica que o professor não precisa ser um especialista para lidar com a síndrome de Down. O que é preciso é ter um olhar diferenciado para avaliar essa criança e trabalhar com ela, identificando suas potencialidades e habilidades. “As escolas de hoje são muito conteudistas. É preciso mudar a forma de ensinar para mudar as formas de aprender. É preconceito achar que todos aprendem igual. Existem diferentes formas de promover o desenvolvimento da criança”, diz ela.
Segundo Maria Tereza Matoan não existem métodos de ensino especiais para se ensinar os conteúdos curriculares para esses alunos. “O professor não tem que aprender como ensinar matemática para alunos com deficiência. Ele tem de se preparar para atender a todas as crianças. O ensino escolar vai mal porque a escola continua repetindo no século XXI o que foi a escola do século XVIII",
É entender e aceitar que cada criança tem um ritmo, tendo ela uma necessidade especial ou não.
Apesar das dificuldades, entretanto, a convivência com outras crianças é fundamental, porque isso permite à criança ter o referencial do outro.

Política de Inclusão



Crianças com necessidades especiais – a escola lidando com a diversidade A política de inclusão de crianças nas escolas regulares brasileiras completa dez anos em 2006. Dados da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação (Seesp/MEC) informam que o número de matrículas no ensino especial aumentou de 566.753 em 2004 para 639.259 este ano. Apesar disso ainda são grandes os desafios das escolas regulares, públicas ou privadas que trabalham com crianças com necessidades especiais. Os problemas vão desde as barreiras arquitetônicas, até a necessidade de uma mudança efetiva para que se chegue a uma escola realmente inclusiva, que garanta o atendimento à diversidade das crianças. Não se pode perder de vista ainda que a determinação legal afetou padrões construídos durante décadas no espaço educacional. “Promover uma inclusão efetiva coube e está cabendo a cada professor, a cada escola”, acredita a educadora Tânia Regina Laurindo, coordenadora pedagógica de uma escola privada da cidade de Campinas, interior de São Paulo, que tem vários alunos com necessidades especiais matriculados em suas classes regulares.
A política de educação inclusiva, no Brasil, está embasada na Declaração de Salamanca, elaborada pela Conferência Mundial de Educação Especial que ocorreu em 1994. A Declaração afirma que as escolas regulares com orientação inclusiva são os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias. A coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade (Leped), da Faculdade de Educação da Unicamp, Maria Tereza Eglér Matoan confirma que o melhor atendimento escolar para pessoas com deficiência, como também para qualquer outra criança, é mesmo a escola regular. “O complemento oferecido pela educação especializada não diz respeito ao ensino de conteúdos curriculares da escola comum: alfabetização, matemática, ciências etc., mas ao ensino de recursos, linguagem, uso de equipamentos, códigos que sirvam para os alunos enfrentarem as barreiras que suas deficiências impõem à aprendizagem nas salas de aula das escolas comuns: código braille, Língua Brasileira de Sinais (Libras), língua portuguesa como segunda língua para surdos etc.”, explica.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Um pouco de Biologia

O cariótipo


A Síndrome de Down é caracterizada geneticamente pela trissomia do cromossomo 21.




Este cromossomo extra provém de um erro na divisão do material genético no início da formação do bebê. Este erro na divisão é o suficiente para modificar definitivamente o desenvolvimento embrionário do bebê. A forma genética da trissomia não tem valor no prognóstico, nem determina o aspecto físico mais ou menos pronunciado, nem uma maior ou menor eficiência intelectual. É importante ter claro que não existem graus de Síndrome de Down e que as diferenças de desenvolvimento decorrem das características individuais (herança genética, educação, meio ambiente etc.)

Durante a anáfase I, tanto da espermatogênese quanto da ovulogênese, um acontecimento regular é a separação dos homólogos que constituem os cromossomos bivalentes, e sua subseqüente migração para pólos opostos do fuso (disjunção).

Porém, se um cromossomo bivalente não sofrer disjunção, os dois homólogos que o constituem migraram para um mesmo pólo, o que originará duas células aneuplóides. Consequentemente, uma delas ficará desprovida de um dos cromossomos, enquanto a outra apresentará um par de homólogos.

O interesse em reconhecer e diferenciar o erro cromossômico, responsável pelo nascimento do bebê é preventivo. Ele permite saber se o acidente pode ocorrer em outra gestação ou se ele pode ou não ocorrer em familiares, irmãos ou irmãs da criança.

Na maioria das vezes, a trissomia resulta de um acidente na divisão celular que não se repetirá. Em cerca de 95% dos casos a pessoa com Síndrome de Down apresenta 47 cromossomos em todas as suas células. Essa é a chamada trissomia 21 simples ou padrão.

Cerca de 2% das pessoas com Síndrome de Down apresentam uma mistura de células normais (46 cromossomos) e de células trissômicas (47 cromossomos). Esta condição é denominada "mosaicismo" e é considerada como o resultado de um erro em uma das primeiras divisões celulares.

Os outros 3% das pessoas com Síndrome de Down apresentam o material cromossômico disposto de forma diferente, isto é, o cromossomo 21 extra encontra-se aderido a um outro cromossomo, geralmente o 14. Este fenômeno recebe o nome de "translocação". É importante descobrir se uma criança tem Síndrome de Down por translocação, pois em aproximadamente um terço dos casos um dos pais é "portador'. Embora este pai e esta mãe sejam perfeitamente normais tanto física quanto mentalmente, pode haver um risco maior de terem filhos com Síndrome de Down. Estes pais necessitam de um aconselhamento genético específico.


Fontes: RÚBIA BARBOSA BARROSO e material do curso.
Postado por Alcione Ethur - Grupo 4

Na educação ( Cleusa)



Como a criança deve ser educada?
Deve ser educada e disciplinada como qualquer outra criança. Os pais devem ensinar-lhe os limites, não permitindo que ela faça tudo o que quiser. Será necessário maior cuidado e atenção, pois a criança demorará mais para aprender as coisas. Devido à agitação e à dificuldade de compreensão é necessário maior firmeza na educação. Embora seja necessário ter maior firmeza e tolerância é importante não cercar a pessoa com Síndrome de Down de cuidados excessivos ou muita proteção. Apesar de ter algumas limitações, ela não deve tornar-se o centro da família, deve ser uma parte dela, como as outras pessoas.


Qual a escola mais adequada?
Na fase da pré-escola, pode haver adaptação das crianças em uma escola regular, que utiliza brincadeiras e exercícios físicos para ensina-las. No ensino fundamental, as limitações intelectuais geram dificuldades para a criança acompanhar uma sala regular na escola. Apesar disso, a tendência atual é de praticar a inclusão, que significa mantê-la no ensino regular, procurando atender suas necessidades especiais sem afasta-la do convívio com crianças sem dificuldades.
À medida que a pessoa se desenvolve pode haver necessidade de adaptação e apoio na escolarização.


Como é a escolarização e a inclusão?
Pessoas com Síndrome de Down tende a precisar de elementos explícitos para compreender as mudanças que ocorrem num ambiente. A pecepção daquilo que acontece muitas vezes restringe-se a alguns elementos da realidade e o pensamento abstrato pode ser insuficiente para compreender porque o mundo deve ser modificado. Para contornar essas dificuldades é importante manter a consistência nas rotinas da pessoa e quando houver necessidade de mudanças, preparar a pessoa para a transição de uma situação para outra.
A consistência é facilitadora e confortável, para pessoas com Síndrome de Down, pois em geral, é difícil integrar e generalizar as informações; a consistência também ajuda a aprender as atitudes adequadas e compreender regras de funcionamento de um ambiente.
Quando a pessoa inicia o processo de sociabilização e socialização a repetição dos comportamentos sociais adequados facilitará o desenvolvimento, por exemplo, comportamento de cumprimento e despedida do dia-a-dia são oportunidades de repetição que levam à prática de habilidades sociais e mostram a expectativa existente quanto a comportamento e linguagem.

Pessoas com Síndrome de Down aprendem a ler e a escrever?
Até a poucos anos, acreditava-se que as pessoas com Síndrome de Down não pudessem ser alfabetizadas. A abertura de oportunidades e a utilização de técnicas adequadas de ensino mostraram que a possibilidade existe e deve ser explorada. Em propostas filosóficas educacionais mais construtivistas, em que se espera que o (a) estudante tenha autonomia e estabeleça relações rápidas e consistentes, a pessoa com Síndromen de Down necessita de caminhos e apoio na organização das informações. O professor e a família cpode contribuir com sistematizações e repetições das atividades. Material extra e organização dos conhecimentos podem favorecer muito neste processo. Pessoas com Síndromen de Down podem aprender a ler e escrever.
A limitação cognitiva presente na Síndrome de Down, em grau que varia de pessoa para pessoa, altera o ritmo de aprendizagem, o processo de informação e também a memória visual, a memória auditiva, a atenção e a motivação. Essas alterações tornam a aprendizagem diferente, muitas vezes mais lenta, mas não impossível.

Como deve ser a Educação Sexual?
Aos poucos, de acordo com a curiosidade e com a capacidade de compreensão da pessoa. Os pais terão oportunidade de explicar como nosso corpo funciona e as diferenças entre homens e mulheres e também os diversos tipos de relacionamentos existentes entre as pessoas como amizade, namoro e casamento.
Os pais devem também fornecer informações que ajudem a pessoa a lidar com determinadas situações, como por exemplo, preparar a menina, para a primeira menstruação. A educação sexual não é feita num único dia. Desde pequena a criança tem curiosidade por tudo que a cerca, e o sexo também desperta sua atenção. Isso para ela é tão natural como qualquer outra coisa. Essa naturalidade continuará se os pais conversarem espontaneamente sobre a sexualidade com ela.
Postado por Cleusa

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Alguns Cuidados...







Cuidados especiais


As crianças com síndrome de Down necessitam do mesmo tipo de cuidado clínico que qualquer outra criança. Contudo, há situações que exigem alguma atenção especial.




  • Oitenta a noventa por cento das crianças com síndrome de Down têm deficiências de audição. Avaliações audiológicas precoces e exames de seguimento são indicados.

  • Trinta a quarenta por cento destas crianças têm alguma doença congênita do coração. Muitas destas crianças terão que se submeter a uma cirurgia cardíaca e, freqüentemente precisarão dos cuidados de um cardiologista pediátrico por longo prazo.

  • Anormalidades intestinais também acontecem com uma freqüência maior em crianças com síndrome de Down. Por exemplo, estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal e doença de Hirschsprung. Estas crianças também podem necessitar de correção cirúrgica imediata destes problemas.

  • Crianças com síndrome de Down freqüentemente têm mais problemas oculares que outras crianças. Por exemplo, três por cento destas crianças têm catarata. Elas precisam ser tratadas cirurgicamente. Problemas oculares como estrabismo, miopia, e outras condições são freqüentemente observadas em crianças com síndrome de Down.

  • Outra preocupação relaciona-se aos aspectos nutricionais. Algumas crianças, especialmente as com doença cardíaca severa, têm dificuldade constante em ganhar peso. Por outro lado, obesidade é freqüentemente vista durante a adolescência. Estas condições podem ser prevenidas pelo aconselhamento nutricional apropriado e orientação dietética preventiva.

  • Deficiências de hormônios tireoideanos são mais comuns em crianças com síndrome de Down do que em crianças normais. Entre 15 e 20 por cento das crianças com a síndrome têm hipotireoidismo. É importante identificar as crianças com síndrome de Down que têm problemas de tireóide, uma vez que o hipotireoidismo pode comprometer o funcionamento normal do sistema nervoso central.

  • Problemas ortopédicos também são vistos com uma freqüência mais alta em crianças com síndrome de Down. Entre eles incluem-se a subluxação da rótula (deslocamento incompleto ou parcial), luxação de quadril e instabilidade de atlanto-axial. Esta última condição acontece quando os dois primeiros ossos do pescoço não são bem alinhados devido à presença de frouxidão dos ligamentos. Aproximadamente 15% das pessoas com síndrome de Down têm instabilidade atlanto-axial. Porém, a maioria destes indivíduos não tem nenhum sintoma, e só 1 a 2 por cento de indivíduos com esta síndrome têm um problema de pescoço sério o suficiente para requerer intervenção cirúrgica.

  • Outros aspectos médicos importantes na síndrome de Down incluem problemas imunológicos, leucemia, doença de Alzheimer, convulsões, apnéia do sono e problemas de pele. Todos estes podem requerer a atenção de especialistas.

Deyah Abreu

Algumas características...









Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são:

  • achatamento da parte de trás da cabeça,
  • inclinação das fendas palpebrais,
  • pequenas dobras de pele no canto interno dos olhos,
  • língua proeminente,
  • ponte nasal achatada,
  • orelhasligeiramente menores,
  • boca pequena,
  • tônus muscular diminuído,
  • ligamentos soltos,
  • mãos e pés pequenos,
  • pele na nuca em excesso.

Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.


As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.

Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.

Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.

Deyah Abreu

As suas, quais são? Para que são?







Mãos



Há mãos que sustentam e mãos que abalam...


Mãos que limitam e mãos que ampliam.


Mãos que se abrem e mãos que se fecham.


Há mãos que afagam e mãos que agridem...


Mãos que ferem e mãos que cuidam das feridas.


Mãos que destroem e mãos que edificam.


Mãos que são temidas e mãos que são desejadas e queridas.


Mãos que dão com arrogância e mãos que se escondem ao dar. Mãos que escandalizam e mãos que apagam escândalos.


Mãos puras e mãos que carregam censuras.


Há mãos que escrevem para promover e mãos que escrevem para ferir.


Mãos que pesam e mãos que aliviam.


Mãos que operam e mãos que curam.Há também mãos que “amarguram”...


Há mãos que se apertam por amizade e mãos que empurram por ódio.


Mãos finas que provam dor e mãos rudes que espalham amor.Há mãos que se levantam pela verdade e mãos que encarnam a falsidade.


Há mãos que oram e imploram e mãos que devoram.


Há mãos que educam e mãos que se acomodam.


Mãos que orientam e mãos que confundem.


Mãos que ensinam a segurança do ir e vir e mãos que se omitem sendo responsáveis pelos acidentes e mortes.


É A MENTE TRANSFORMADA QUE DIRIGE A MÃO SANTIFICADA, DELICADA.


E a mente agradecida que transforma as mãos em instrumentos de graça.


Mãos que se levantam para abençoar, mãos que baixam para levantar o caído, mãos que se estendem para amparar o cansado, mãos que se unem para salvar vidas.


São como as mãos de DEUS , que criam, que guiam, que salvam, que nunca faltam.Existem mãos... e mãos...


As suas, quais são? Para que são?
Deyah Abreu

Síndrome de Down





Síndrome de Down



A história de Nanda, de Páginas da Vida, que deu à luz uma filha com a síndrome de Down, trouxe às ruas a discussão sobre o preconceito. Para entender melhor a síndrome e a vida destas pessoas, o Mais Você recebeu a Miriam e o Oscar e a geneticista Silvia Bragagnolo Longhitano. Entendendo o Acidente Genético A Síndrome de Down é a maior causa da deficiência intelectual. Trata-se de uma síndrome genética, caracterizada por uma alteração do número de cromossomos na célula, que ao invés de 46, passa a ter 47, sendo o excedente o cromossomo de número 21, o que caracteriza seu outro nome, Trissomia do 21. Em 95% dos casos, essa alteração acontece ao acaso, o que iguala as chances de qualquer pessoa ter um filho com Síndrome de Down, possua ela ou não um caso anterior na família. Em outros 4%, a Síndrome está ligada a uma translocação cromossômica (uma cópia de cromossomo fica ligado a outro cromossomo, geralmente o 14 ou 21 ou 22). Em 1% dos casos restantes a Síndrome de Down é considerada mosaico (a pessoa apresenta duas linhagens celulares diferentes, com e sem o cromossomo extra).


Alguns Vídeos Sobre o assunto:






Deyah Abreu