

Está surgindo uma nova proposta para as pessoas com Síndrome de Down que é o jogo educacional. Além de motivar a aprendizagem utilizando uma interface agradável e de fácil manipulação, os recursos de som, imagem e animação, seu objetivo é estimular a criança portadora a desenvolver suas aptidões, raciocínio,coordenação motora ou seja,seu intelecto e principalmente integrá-las na sociedade.
Cleusa
Tecnologia de aprendizagem: Paciência e amor
Tecnologias de aprendizagem para as pessoas com síndrome de down acredito que seja muita paciência dos professores.
As pessoas cuja características são lentas na aprendizagem apenas levam mais tempo para aprender. Claro que além da paciência o professor deve ter muita atenção, carinho com o aluno, fazendo com que ele repita as atividades várias vezes, até que ele consegue entender.
Aqui está o testemunho de um rapaz espanhol, Pablo Pinedo, que foi a primeira pessoa com síndrome de Down, na Espanha, que conquistou um título universitário com alto rendimento acadêmico, segundo nos informa o amigo Roberto Leal Ocampo, Diretor Geral de Inclusion InterAmericana.
Sabemos que uma das formas de reduzir preconceitos e aumentar a visibilidade das pessoas com síndrome de Down em seus aspectos mais positivos, é exatamente escutando o que nos têm a dizer nossos amigos com essa síndrome, estejam onde estiverem, dentro de sua própria cultura de país, nessa qualidade de unicidade que é o símbolo da condição humana que todos temos, com seu modo muito próprio de se expressar. Não há nenhum ser humano absolutamente igual a outro, todos temos o nosso território especial, nossas características próprias que pessoa alguma em nenhum lugar da terra tem exatamente iguais.
Pablo nos disse que a primeira notícia que teve de que tinha a condição de ter síndrome de Down lhe veio quando tinha entre seis e sete anos. "Um professor da universidade que adotara o projeto Roma, don Miguel García Melero, no escritório do diretor me perguntou: "Você sabe que você tem síndrome de Down?" Eu inocentemente lhe disse que sim, embora não tivesse idéia do que ele queria dizer com isso. Ele notou e começou a me explicar o que estava dizendo, embora não fosse geneticista e sim pedagogo. E eu. como gosto de brincar com as pessoas e possuo agudeza mental lhe perguntei: "Don Miguel, sou um bobo?"
Por que você perguntou isso a ele?
"Não sei, é difícil responder. Talvez porque se aos seis anos associam você a uma síndrome de Down, a gente associa isso a ser bobo e aí lhe perguntei: "e vou poder continuar a estudar?" Ele me disse, "sim, certamente." Pouco tempo depois começaram as coisas que acontecem na rua; as crianças começaram a me dizer: "pobrezinho, está mal de saúde". E eu me enfurecia porque não estava doente."
Pensou que era um síndrome de Down um pouco especial?
"Exatamente. Também pensei, além de que eu era especial, que outros meninos com síndrome de Down que já conhecia tão pouco eram como os livros os descreviam. A literatura nos faz piores do que somos, e nos mantém afastados dos outros. Quanto à capacidade motora, explicam a você tudo que deveriam tratar quanto à capacidade mental. O mental sempre é vendido pior que o físico. Dizem que somos deficientes, que somos retardados, e que não há nenhuma solução, o que é o pior de tudo. As pessoas ficam com as alterações que são visíveis e associam o mental à loucura porque, anteriormente, não se fazia distinção entre deficiência mental e enfermidade mental. E, não obstante, isso se percebe de maneira errada.... De tal forma, que quando as pessoas vêem alguém que tem paralisia cerebral dizem que está louco. Deficiência é associada a loucura."
Para você era mais difícil estudar do que acontecia com outros meninos?
"Não. Aritmética e matemática são matérias de que não gosto nada; porém, isso não é algo extraordinário, nem é característico de uma pessoa com síndrome de Down."
Na verdade, sua vida deve ser difícil porque você precisa ser um bom guerreiro para conseguir levá-la.
"Sim, de certo que é duro, mais do que tudo porque você sempre tem de demonstrar que pode fazer isso ou aquilo."
Nota: É importante a forma pela qual Pablo, a partir de sua experiência, convida os especialistas em educação a desenvolver programas de Educação Inclusiva. Porém, diz que se revolta contra isso.
Seu próximo desafio, poderia ser encontrar uma garota que lhe conviesse?
"Sim, porém, beijar-nos já seria um escândalo público. Imagine só. as pessoas ficariam escandalizadas, iriam buscar um guarda, armariam um barraco. Isso me dá medo. Há cerca de dois anos, estava sozinho na praia falando pelo celular e não se passaram cinco minutos eu já tinha um guarda civil ao meu lado. " Você está sentindo alguma coisa? "Nada." "É que uma pessoa me disse que você estava perdido." Imagine você, isso por estar falando pelo celular. Se estiver beijando uma garota, não é que viria um guarda, virão cinco."
Depois de conseguir um diploma em magistério na universidade, agora Pablo está se licenciando em psicopedagogia: "É um pouco mais difícil, mais abstrato, sobretudo a parte dos psicólogos, como Piaget. Espero terminar este curso e será então aí que estarei oficialmente licenciado. É meu destino querer ir por aí aconselhando e orientando. Agora, o diretor da área de bem estar social incluiu-me num projeto da União Européia, que visa fomentar o emprego apoiado e para o qual é preciso fazer um trabalho de sensibilização muito importante; vou visitar empresas com essa finalidade. Querem criar uma rede de empresas solidárias onde pessoas deficientes possam trabalhar. Neste trabalho estou com uma equipe eminentemente feminina com Inês, Maria, Lola e outros dois garotos, Dani e Andrés. Trata-se de um apoio psicopedagógico e estou contente, isto faz com que me sinta útil."
http://www.bengalalegal.com/nossagente.php
Cleusa
Vejam como as pessoas com Síndrome de Down já estão tendo oportunidades de trabalho:
Portadores da síndrome de down que são alunos da associação de pais e amigos excepcionais (APAE) ganharam mais uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. A instituição, em parceria com a universidade de Brasília (UNB), está iniciando
um projeto de inclusão profissional para esses jovens.
“nós esperamos que esse projeto renda frutos satisfatórios, e que outras instituições sigam o nosso exemplo”, afirmou Maria José Moreira, diretora da biblioteca da UNB.
No começo desta semana, a APAE e a UNB firmaram convênio para um projeto que ensina aos jovens excepcionais o trabalho de higienização e conservação de parte do acervo da biblioteca da universidade.
Os alunos passarão por um processo de seleção em que psicólogos vão analisar as habilidades para esse trabalho específico. O curso para a primeira turma, com 16 alunos, teve duração de 60 horas. Agora, eles estão colocando em prática o que aprenderam. Durante seis meses, profissionais ligados ao projeto farão a análise dos resultados, para definir se o trabalho terá continuidade.
De acordo com Maria José Moreira, depois de aprender a higienização e conservação dos livros, os alunos irão passar por outro treinamento, o de restauração, "que deverá ocupar um segundo momento, uma vez que o processo de aprendizagem é mais lento para os portadores da síndrome de down, e esse trabalho exige mais cuidados", explicou.
As aulas de restauração e conservação dos livros serão dadas por técnicos do centro de do*****entação da UNB.
Bibliografia:
Deyah Abreu
Algumas das características físicas das crianças com síndrome de Down são:
Aproximadamente cinqüenta por cento de todas as crianças com a síndrome têm uma linha que cruza a palma das mãos (linha simiesca), e há, freqüentemente, um espaço aumentado entre o primeiro e segundo dedos do pé. Freqüentemente estas crianças apresentam mal-formações congênitas maiores.
As principais são as do coração (30-40% em alguns estudos), especialmente canal atrioventricular, e as mal-formações do trato gastrointestinal, como estenose ou atresia do duodeno, imperfuração anal, e doença de Hirschsprung.
Alguns tipos de leucemia e a reação leucemóide têm incidência aumentada na síndrome de Down. Estimativas do risco relativo de leucemia têm variado de 10 a 20 vezes maior do que na população normal; em especial a leucemia megacariocítica aguda ocorre 200 a 400 vezes mais nas pessoas com síndrome de Down do que na população cromossomicamente normal. Reações leucemóides transitórias têm sido relatadas repetidamente no período neonatal.
Entre oitenta e noventa por cento das pessoas com síndrome de Down têm algum tipo de perda auditiva, geralmente do tipo de condução. Pacientes com síndrome de Down desenvolvem as características neuropatológicas da doença de Alzheimer em uma idade muito mais precoce do que indivíduos com Alzheimer e sem a trissomia do 21.
Deyah Abreu